A Loguber, transportadora prestes a completar oito anos de atuação, realizou um investimento para ter uma parte da frota de veículos chassi cabine própria. Apostando em maior robustez, tecnologia e um pós-venda especializado para frotistas, a empresa optou por investir em 10 unidades do Volkswagen Delivery Express, modelo que demanda um aporte financeiro inicial superior em relação às opções de baixo custo.
De acordo com levantamento da Fipe, os modelos de chassi cabine mais acessíveis disponíveis no mercado brasileiro têm preço médio de R$ 180 mil por unidade. Já o Volkswagen Delivery Express, segundo a mesma pesquisa, apresenta valor médio de R$ 320 mil.
No caso da Loguber, que faz transporte com baú refrigerado, mais pesado do que os baús de carga em geral, o tipo de chassi importa. A construção do chassi é um ponto crucial que demarca a diferença de vocação entre veículos comerciais leves como o Hyundai HR, Kia Bongo ou Renault Master e o Volkswagen Delivery Express. Enquanto o dos modelos mais baratos é concebido com um chassi mais leve, talhado para a agilidade das entregas urbanas de cargas mais leves, o Delivery adota uma abordagem estrutural distinta.
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Modelos da linha Delivery, como o Express, ostentam um chassi notavelmente mais robusto e adaptável. Essa construção mais parruda não é por acaso; ela é projetada para suportar maiores capacidades de carga e enfrentar operações logísticas mais rigorosas e exigentes. Mesmo tem o PBT homologado de 3.500 kg para ficar na categoria de camionete e CNH B, ele tem o PBT técnico de 4 toneladas.
Com este reforço na frota, a Loguber objetiva aumentar em 25% a receita da empresa, principalmente, pela opção de baú refrigerado 30% mais leve do que os tradicionais de 900 kg. A maior receita vem com a maior capacidade de carga líquida e, quando rodando vazio, menor consumo de combustível.
“O cliente ganha com um transporte mais eficiente e o motorista também pode receber mais pelo serviço. Para se ter uma ideia, um veículo agregado que nos presta serviço costuma registrar um consumo de 4 quilômetros por litro. No Express, já alcançamos média de 6 km/l”, revela Guilherme Trentin, fundador, CEO e sócio da Loguber.
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Até então, a transportadora trabalhava integralmente com veículos agregados, em que os motoristas se cadastram em sua plataforma e recebem diversas vantagens ao prestar serviço para a empresa, que opera em toda a Grande São Paulo.
“Acreditamos que este mercado tem muita oportunidade para empresas mais estruturadas como a nossa e vai continuar a crescer. Nascemos com uma ideia e R$ 4 mil de investimento. Oito anos depois já avançamos muito e vamos expandir nosso negócio ainda mais”, complementa Armando Mendes, CFO da Loguber.
Os números da Loguber
Hoje são cerca de 1.200 motoristas aptos a realizar entregas para os clientes da Loguber. Em média, a demanda envolve 220 veículos rodando por dia e percorrendo cerca de 18 mil quilômetros para atender à logística dessa distribuição. Isso representa cerca de 1.600 entregas diárias. Ou 35 mil num mês.
O grande diferencial da Loguber para o mercado está no monitoramento em tempo real da carga e treinamento dos motoristas. Ao mesmo tempo, oferece um ecossistema de vantagens para os condutores contratados, com telemedicina, TotalPass e seguro de vida, entre outros. “Negociamos também com a Dibracam condições exclusivas para nossos motoristas agregados adquirirem seu veículo novo, com soluções financeiras da TRATON Financial Services”, finaliza Guilherme.


