A Bridgestone apresentou o R167E, um pneu urbano de nova geração que estabelece um novo patamar de desempenho em operações de transporte coletivo e serviços essenciais nas cidades, como coleta de resíduos, betoneiras e distribuição. A empresa, cujo foco principal é o mercado de reposição, aposta na relevância da frota de ônibus do País.
O Brasil possui uma das maiores frotas de ônibus urbanos do mundo, com mais de 380 mil veículos em circulação. Nos últimos anos, o setor vem sendo impulsionado por investimentos públicos em mobilidade, pela busca de redução de custos operacionais e pela ascensão dos ônibus elétricos — cuja frota cresceu 141% em 2025, segundo dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE).
“O que importa é conectar pessoas com segurança e qualidade. O R167E foi pensado para atender às necessidades desse mercado urbano em expansão e preparado para o futuro, acompanhando a eletrificação das frotas”, afirmou Bianca Manzano, coordenadora de Marketing TBR da Bridgestone, durante o lançamento.
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As tecnologias aplicadas
Segundo Roberto Ayala, gerente de Engenharia de Vendas da Bridgestone, o novo pneu entrega até 20% mais quilometragem em relação à geração anterior (R163), resultado de uma combinação de inovações tecnológicas. Entre elas estão os compostos de baixa resistência ao rolamento, que reduzem a geração de calor e prolongam a vida útil da carcaça; o novo pacote de cintas, que aumenta a proteção estrutural contra furos e cortes; e a Cooling Fin Technology, aletas instaladas na região do talão que criam um fluxo de ar capaz de reduzir em até 5 °C a temperatura local, garantindo maior resistência em uso intenso.
O R167E também recebeu reforços para aplicação em veículos elétricos e a gás, geralmente mais pesados no eixo dianteiro. Porém, ainda não se trata de um pneu dedicado exclusivamente a esse tipo de uso, até porque a frota de ônibus elétricos no Brasil é de apenas 1.168 unidades, segundo o site E-Bus Radar. Ainda assim, está mais preparado para suportar as exigências desses veículos do que os pneus convencionais, especialmente diante do torque elevado e da maior carga sobre os eixos.
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Medidas e capacidades

O R167E será oferecido em duas medidas. A versão 295/80R22.5, voltada para ônibus elétricos e aplicações mais severas, como caminhões de coleta de resíduos e betoneiras, suporta até 7.500 quilos por eixo simples e 13.000 quilos em eixo duplo, com pressão máxima de 123 psi e sulcos de 20,4 milímetros. Já a medida 275/80R22.5, indicada para ônibus a diesel, tem capacidade para 6.500 quilos em eixo simples e 12.000 quilos em eixo duplo, mantendo a mesma pressão máxima e profundidade de 18,8 milímetros.
Esses pneus são destinados exclusivamente à aplicação urbana e têm limite de velocidade de 100 km/h em situações de pico, não sendo indicados para operação em velocidade de cruzeiro por longo tempo. Ayala explica que eles podem ser usados em percursos intermunicipais curtos, quando o veículo atinge a velocidade máxima apenas por alguns minutos.

Garantias inéditas

Para reforçar sua proposta de valor, a Bridgestone lançou dois programas de proteção inéditos no segmento. A Super Garantia R167E cobre danos por furos, cortes ou impactos que inutilizem o pneu durante seis meses após a compra, válida até janeiro de 2026. Já a Garantia R3 Bridgestone-Bandag assegura a carcaça até a terceira recapagem quando realizada com a tecnologia Bandag, que preserva a integridade do pneu graças a um processo de vulcanização em baixa temperatura.
“É um segmento severo, onde os veículos não podem parar. A Super Garantia é um convite para a experimentação do produto, mostrando nossa confiança no desempenho. Já a R3 reforça nosso compromisso de entregar um pneu que realmente gera economia na vida útil completa”, destacou Marcos Aoki, diretor de Vendas da Bridgestone no Brasil.

Lafaiete Oliveira, Country Manager da Bridgestone no Brasil, acrescentou que o R167E também reflete os investimentos da companhia em sua operação local. Nos últimos três anos, a empresa destinou R$ 1 bilhão à modernização da fábrica de Santo André (SP), além de aportes na planta de Camaçari (BA), ampliando sua capacidade de inovação e produção. “É o primeiro produto urbano que já nasce dentro dessa nova fase tecnológica, traduzindo em eficiência todo o investimento realizado”, disse.


