sábado, dezembro 6, 2025

Civic ou Corolla? Comparativo ajuda gestores a decidir para a frota

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Com sua nova linha 2025, o Honda Civic pode conseguir recuperar o terreno em frotas corporativas? Nos últimos anos, o modelo perdeu muito espaço para os concorrentes, chegando a ser o lanterninha em vendas diretas. Agora, ele retorna com estratégia de manter um posicionamento premium no segmento de sedãs médios, mirando um perfil de consumidor mais exigente — inclusive o público corporativo, que valoriza confiabilidade, tecnologia embarcada e custo total de propriedade competitivo.

O modelo estreia com alterações visuais pontuais, enquanto preserva a mecânica híbrida e o pacote tecnológico introduzidos na atual geração, lançada no Brasil em 2022 com produção importada da Tailândia.

Para os gestores de frotas, a evolução do Civic ao longo das últimas gerações e sua comparação com o rival direto, o Toyota Corolla, ajuda a entender melhor o papel que o modelo pode cumprir dentro de políticas de frota corporativa voltadas à sustentabilidade, economia operacional e conforto para executivos e diretores.

Facelift estratégico: atualização sem ruptura

Na linha 2025, a Honda promoveu um retoque visual no Civic, mas sem alterar profundamente sua identidade. A dianteira foi redesenhada com novo para-choque e grade frontal, enquanto na traseira, as lanternas passam a contar com lentes escurecidas, recurso já comum em versões esportivadas. O resultado é um visual levemente mais agressivo, porém ainda sóbrio — característica importante para frotas executivas.

Essa atualização estética tem caráter mais simbólico do que funcional: busca manter o modelo atualizado frente ao concorrente Toyota Corolla, que também passou por pequenas atualizações nos últimos anos, sem alterar seu design profundamente desde o facelift de 2023.

Interior mantido: foco na sofisticação e tecnologia

Por dentro, o Civic 2025 repete a fórmula de sucesso da geração atual. O habitáculo continua oferecendo refinamento e conforto, com recursos voltados ao público premium — incluindo gestores, diretores e executivos que exigem mais do que apenas um veículo funcional. Entre os itens de destaque:

  • Painel digital de 10,2” com boa leitura e alta customização;
  • Central multimídia de 9” com Android Auto e Apple CarPlay (provavelmente sem fio);
  • Sistema de som Bose com 12 alto-falantes — diferencial no segmento;
  • Bancos dianteiros com ajustes elétricos e acabamento de alta qualidade;
  • Ar-condicionado digital dual zone;
  • Carregador por indução e teto solar elétrico.

Para empresas que oferecem veículos como benefício a cargos de confiança, o nível de conforto e tecnologia embarcada do Civic pode agregar valor à política de retenção de talentos.

Motorização híbrida: economia de combustível e imagem sustentável

O Civic atual abandonou o motor 1.5 turbo das gerações anteriores no Brasil para adotar o sistema híbrido e:HEV, uma decisão que muda completamente sua proposta — e o torna especialmente atraente para frotas corporativas comprometidas com metas de ESG.

O conjunto é composto por um motor 2.0 a gasolina de ciclo Atkinson e dois motores elétricos, oferecendo 184 cv de potência combinada. A transmissão é eletrônica, com funcionamento que simula um CVT. O grande trunfo está na eficiência: o modelo pode rodar em modo 100% elétrico em trechos urbanos, o que reduz significativamente o consumo e as emissões de CO₂.

Consumo médio urbano real varia entre 17 e 19 km/l, a depender do perfil de uso — um número altamente competitivo e que supera muitos modelos a combustão e até híbridos mais simples. Para frotas, isso representa redução de custo operacional com combustível e vantagem reputacional ligada à mobilidade sustentável.

Civic vs. Corolla: qual é mais racional para a frota?

O Toyota Corolla, maior rival histórico do Civic, também aposta na motorização híbrida. Seu sistema, no entanto, combina um motor 1.8 a combustão (101 cv) com um motor elétrico menos potente (71 cv), — números inferiores frente aos 184 cv do Civic. Na prática, o Corolla privilegia ainda mais a economia, com consumo urbano que pode ultrapassar os 20 km/l, embora com desempenho mais comedido.

Ambos os modelos têm preços de tabela na faixa de R$ 180 mil a R$ 240 mil, dependendo da versão. Porém, o Civic atualmente é vendido no Brasil apenas na configuração Advance Hybrid, topo de linha e importada, enquanto o Corolla oferece maior variedade de versões (incluindo flex e híbrido com produção nacional).

Pontos fortes do Civic para frotas corporativas:

Aspecto Civic e:HEV Corolla Hybrid
Potência combinada 184 cv 101 cv + 71 cv = 172 cv
Consumo urbano até 19 km/l até 21 km/l
Acabamento Superior Competente
Nível de equipamentos Muito completo Variado por versão
Imagem da marca Sofisticação e inovação Confiabilidade e tradição
Rede de pós-venda Boa, porém menor Ampla, com produção local

Conclusão: Civic é opção premium para frotas exigentes

O Civic 2025 é uma proposta voltada a empresas que buscam veículos de representação ou benefício para executivos, com foco em tecnologia, conforto e imagem institucional moderna. A motorização híbrida oferece eficiência energética e atende bem políticas de descarbonização e metas ESG.

Apesar de seu preço elevado (da versão atual) e disponibilidade limitada (por ser importado), o Civic se posiciona como uma opção dentro de contextos específicos de frota — especialmente quando o objetivo é aliar prestígio, eficiência e diferenciação da marca empregadora. Já o Toyota Corolla é mais indicado para quem quer ter a posse do veículo e ficar muitos anos com ele.

Para gestores de frota, a escolha entre Civic e Corolla deve considerar o perfil dos condutores, o plano de renovação da frota, os objetivos estratégicos da empresa e a importância da sustentabilidade como pilar de imagem e governança.

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Atuo como jornalista no setor da mobilidade desde 1989 em diversas redações. Também nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, e depois como editor da revista Transporte Mundial por 22 anos, e diretor de redação de núcleo da Motor Press Brasil. Desde 2018, represento o Brasil no grupo do International Truck of the Year (IToY), associação de jornalistas de transporte rodoviário de 34 países. Desde 2021, também atuo como colaborador na Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte, entidade educacional sem fins lucrativos). Em 2023, fundei a plataforma de notícias de transporte e logística Frota News, com objetivo de focar nos temas que desafiam as soluções para gestão de frotas.
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