sábado, dezembro 6, 2025

Conheça o caminhão futurístico Shell Starship 3.0 com motor a gás

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Um laboratório sobre rodas. Assim é definido o Shell Starship 3.0, o futurista caminhão-trator desenvolvido pela Shell em parceria com fabricantes e engenheiros especializados para mostrar, na prática, o que é possível alcançar hoje com tecnologias sustentáveis e disponíveis no mercado. A mais nova geração do projeto aposta em uma combinação ousada: um motor Cummins a gás natural e um conjunto de soluções aerodinâmicas, leves e eficientes.

Desde sua estreia em 2018, o Starship chamou a atenção do setor com seus números de eficiência: 3,8 km/l — valor excepcional à época. Agora, com motor Cummins X15N a gás natural, o Starship 3.0 mantém o foco em eficiência operacional, mas com ênfase redobrada na redução de emissões. Ainda que a média de consumo fique em torno de 3,8 km/l — equivalente ao que o diesel mais eficiente pode entregar hoje — o diferencial está nas emissões por tonelada transportada: uma melhoria de 3,23 vezes na tonelada-km por quilo de CO₂e emitido, comparado à média do setor.

Inovação com foco na realidade das frotas

Mais do que um protótipo futurista, o Starship foi concebido como um modelo de demonstração realista. “Não faz sentido apresentar soluções inalcançáveis. A ideia é mostrar o que qualquer frota pode adotar agora”, afirma Heather Duffey, gerente global de comunicações integradas da Shell Commercial Road Transport. A empresa descartou alternativas como o hidrogênio — ainda sem infraestrutura suficiente — e escolheu o gás natural por sua viabilidade e disponibilidade imediata.

Shell Starship 3.0
O implemento conta com recursos aerodinâmicos e placas solares para alimentar gerar energia para a bateria e poupar o motor

Um dos elementos mais emblemáticos do Starship é sua cabine em fibra de carbono com formato de projétil. O design não mudou muito desde a primeira geração, e com razão: é altamente aerodinâmico e contribui significativamente para a eficiência energética. Entrar na cabine é como embarcar em uma aeronave executiva: degraus retráteis, ausência de portas convencionais e um cockpit que mistura instrumentos analógicos e digitais, espelhos substituídos por câmeras e um para-brisa panorâmico que oferece visibilidade total.

Apesar da sofisticação, o interior não oferece conforto para longas estadias, como beliches ou micro-ondas. O propósito é outro: testes, coleta de dados e demonstrações técnicas.

Rodando e testando

Sobre o motor Cummins X15N. “Não dá pra sentir a diferença entre gás natural e diesel em termos de desempenho”, garante Eric Rector, caminhoneiro veterano e um dos co-pilotos do projeto. Ele e seu irmão Brian percorreram mais de 1.300 quilômetros na Califórnia, com o caminhão carregado, para levantar dados de consumo e emissões.

Shell Starship 3.0
Fonte: Shell

O motor também é capaz de operar com gás natural renovável (RNG), chamado de biomentano no Brasil, um combustível de baixo carbono derivado de resíduos orgânicos, o que potencializa ainda mais a pegada ecológica. Embora o RNG ainda enfrente desafios logísticos, o gás natural comprimido (GNC) segue como alternativa viável e disponível.

O desafio da descarbonização viável

O Shell Starship não é apenas um símbolo de inovação, mas um chamado à ação. Em meio a debates sobre eletrificação e metas ambientais ambiciosas, ele mostra que há caminhos intermediários tecnicamente sólidos, financeiramente viáveis e sustentáveis. “As frotas não vão sair comprando tecnologia nova sem ver resultados”, resume Duffey. E é justamente aí que o Starship entra: testando, provando e oferecendo dados reais para orientar decisões.

Em um cenário global onde a pressão por emissões zero cresce, o caminhão da Shell aponta um caminho possível: transição inteligente, com base na ciência, tecnologia aplicável e respeito ao ritmo do mercado. O Starship é, de fato, uma estrela em movimento — e, se depender da Shell, vai continuar iluminando o futuro do transporte de cargas por muitos quilômetros ainda.

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Marcos Villela Hochreiter
Marcos Villela Hochreiterhttps://www.frotanews.com.br
Atuo como jornalista no setor da mobilidade desde 1989 em diversas redações. Também nas áreas de comunicação da Fiat e da TV Globo, e depois como editor da revista Transporte Mundial por 22 anos, e diretor de redação de núcleo da Motor Press Brasil. Desde 2018, represento o Brasil no grupo do International Truck of the Year (IToY), associação de jornalistas de transporte rodoviário de 34 países. Desde 2021, também atuo como colaborador na Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte, entidade educacional sem fins lucrativos). Em 2023, fundei a plataforma de notícias de transporte e logística Frota News, com objetivo de focar nos temas que desafiam as soluções para gestão de frotas.
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