Enquanto os pesados perdem participação frente a 2024, os semipesados ganham espaço impulsionados por operações regionais e mudanças na
dinâmica logística, e puxam as vendas em abril
O mercado de caminhões pesados apresentou queda de 5% em abril de 2025, com 4.171 unidades emplacadas contra 4.389 em março, segundo dados consolidados do setor. Apesar da retração pontual, o segmento permanece como o mais representativo da categoria de carga, com participação de 46,17% no total de emplacamentos do mês.
O modelo Volvo FH 540 continua liderando o ranking entre os pesados, com 451 unidades comercializadas em abril e 1.915 no acumulado do ano, representando 11,12% de participação de mercado. Mesmo com leve queda frente ao mês anterior (485 unidades), o modelo mantém ampla vantagem sobre os concorrentes diretos.
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O DAF XF 530 foi o principal destaque positivo de abril, com crescimento de 19% nas vendas em relação a março (de 295 para 352 unidades). No acumulado, o modelo da DAF já soma 1.344 unidades, garantindo a segunda posição no ranking dos pesados com 7,80% de market share.
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O terceiro lugar ficou com o Scania R 460, que registrou forte queda de volume no comparativo mensal (de 411 para 234 unidades). Apesar disso, o modelo acumula 1.202 unidades em 2025, com 6,98% de participação.
Outros modelos relevantes incluem o Volvo FH 460 (1.163 unidades acumuladas), DAF XF 480 (796), e Volvo FH 500 (676). Entre os representantes da Scania, o R450 e o G560 somam juntos 1.275 unidades, reforçando a posição da montadora no segmento, apesar de oscilações mensais.
Tendência de segmentação
No recorte por subsegmentos, observa-se uma tendência de reequilíbrio entre os perfis de caminhões comercializados. Embora o segmento pesado ainda seja predominante, sua participação no acumulado do ano (47,66%) recuou frente ao resultado de 2024 (53,28%).
Por outro lado, os semi-pesados avançaram e já representam 31,22% do total de emplacamentos — uma alta de quase 4 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Os caminhões médios também seguem em curva ascendente, com 13,15% de participação, ante 10,88% em 2024.
A reconfiguração da demanda pode estar relacionada à diversificação logística das frotas, com maior procura por veículos adaptados a operações regionais, urbanas e de média distância — especialmente diante da expansão do comércio eletrônico e das estratégias multicanais de distribuição.
Claro! Aqui está a continuação da reportagem com um box informativo sobre o desempenho dos caminhões semipesados:
Semipesados ganham força e já representam mais de 31% do mercado
Com crescimento contínuo ao longo de 2025, o segmento de caminhões semipesados alcançou 31,22% de participação no mercado total de caminhões, consolidando-se como o segundo maior subsegmento. Em abril, foram emplacadas 2.861 unidades, número levemente superior ao de março (2.841), indicando estabilidade na demanda.
O destaque do segmento é o Volvo VM 290, que segue como líder absoluto com 1.420 unidades acumuladas, representando 12,59% de participação no ano. Embora tenha registrado leve queda em abril (359 unidades contra 408 em março), o modelo mantém distância confortável em relação aos concorrentes.
Na sequência, os modelos Mercedes-Benz Atego 1719 e Atego 2429 ocupam o segundo e terceiro lugares, com 1.002 e 935 unidades, respectivamente. Ambos os modelos sofreram variações distintas em abril: o Atego 1719 cresceu de 212 para 276 unidades, enquanto o Atego 2429 recuou de 246 para 200.
A Volkswagen Caminhões e Ônibus tem forte presença no ranking, com cinco modelos entre os dez mais vendidos. O VW 26.260 foi o melhor posicionado da marca, acumulando 845 unidades em 2025. Outros destaques incluem o VW 17.210, 31.320, 26.320 e 18.260, que juntos somam mais de 2.600 unidades.
O modelo DAF CF 310 também mostrou bom desempenho, com crescimento de 104 para 132 unidades entre março e abril, fechando o top 10 com 510 unidades acumuladas.
A força do segmento semipesado reflete o avanço de aplicações logísticas urbanas, regionais e de menor raio de ação, com foco em distribuição, construção civil e agronegócio leve. A versatilidade dos modelos e o custo operacional mais competitivo explicam parte da tendência de alta frente ao segmento pesado.


